24.2 - M - QUÍMICA DA FELICIDADE

A presente Eletiva de Base foi idealizada e elaborada pela Professora Maria Eudilene de Sousa Castro, e desenvolvida conjuntamente com os alunos das turmas 100, 101 e 102, da 1ª Série do ensino Médio regular, do turno matutino, e teve como objetivo central analisar, de maneira dialógica, clara e objetiva, a relação entre felicidade e filosofia, tendo por base os padrões e valores da vida social atual, e utilizando por princípios as diretrizes emanadas das componentes curriculares Filosofia, Biologia e Geografia.

Para tal, foram utilizados como aparatos didático metodológicos computador(es), datashow, internet, material apostilado, material audiovisual, slides, etc., que por meio de aulas dialogadas e explicativas, trabalhos em duplas e/ou grupos, pesquisas bibliográficas e/ou virtuais, produções textuais, debates, leituras diversas, estudos dirigidos, dentre outros procedimentos metodológicos, afim de possibilitar uma compreensão mais ampla e profunda do fenômeno atemporal da busca pela felicidade.

A relação entre felicidade e filosofia é histórica, vem desde o nascimento da atividade filosófica na Antiguidade grega, há mais de 25 séculos. Como a própria etimologia da palavra revela, filosofia quer dizer “amor à sabedoria” (é formada dos termos gregos philos, “amigo” / “amante”, e sophia “sabedoria”). E sabedoria, para os gregos, não era apenas um grande saber teórico, mas principalmente prático, tendo em vista que buscava atender ao que consideravam o objetivo supremo da vida humana: a felicidade.

Machado de Assis, em sua obra Memória Póstumas de Brás Cubas, escreveu que a felicidade é uma quimera, ou seja, uma combinação heterogênea ou incongruente de elementos diversos, algo que você passa a vida tentando alcançar, mas está sempre escapando. Ela é muito mais do que ter saúde, dinheiro, liberdade e uma rede de apoio social – os critérios usados pelo World Happiness Report, da ONU, para medir o grau de felicidade de uma nação.

Atualmente são encontrados vários agravantes diante dos novos padrões sociais, causados pelo processo da globalização e de uma sociedade extremamente consumista e ansiosa, por resultados satisfatórios e imediatos.  O que leva a um modo de vida extremamente corrida e agitada, ocasionando falta de tempo e de cuidados com o bem estar físico e mental do indivíduo.

As habilidades cognitivas, sociais e emocionais adquiridas na infância podem moldar a saúde mental dos indivíduos na fase adulta. Isso porque essa influência desse modo de vida corrido e agitado começa desde de muito cedo, ainda criança, pois o período de rápido crescimento e desenvolvimento faz com que a infância e a adolescência se tornem fases críticas para a saúde mental.

A falta de atenção e cuidado com as condições mentais nessa faixa etária e também na fase adulta, pode levar a prejuízos na qualidade de vida, incluindo limitações a uma vida plena. De acordo com a OMS, a qualidade do ambiente onde as crianças e os adolescentes crescem determina o seu bem-estar e desenvolvimento.

Além disso, experiências negativas precoces em casa, no ambiente escolar ou espaços digitais, como exposição à violência, bullying e pobreza, aumentam o risco de transtornos mentais, como também os cuidados excessivos dos pais com as crianças e os jovens, podem causar fragilidades e ansiedade na vida futura.

Nesse sentido, assegurar uma qualidade de vida ao indivíduo é uma garantia de desenvolver um sentimento maior de felicidade. Para isso, faz-se necessário implementar ações que ofertem as reais condições e os verdadeiros elementos para propiciar o bem-estar humano em todos os seus níveis. Isso não significa, porém, que a aquisição desses pressupostos garanta definitivamente a vivência da felicidade.

Isso porque a felicidade é mais um processo, um percurso, uma trajetória, que um alvo ou meta estanque a serem atingidos, conseguidos. O seu caráter de busca, de complementariedade, de falta, é que, conjuntamente com os critérios da ONU (World Happiness Report), possibilitarão essa experiência transcendental.

Em suma, o deleite existencial do mistério da felicidade é imanente ao processo da busca, e nesse processo se consolida, sem, no entanto, perder o foco daquilo que se almeja. E nesse percurso, muito contam os fatores internos (endócrinos) e externos (condições socio ambientais) ao indivíduo.

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