24.2 - M - MARANHÃO, MEU TESOURO CULTURAL

Está eletiva foi idealizada e elaborada pelo Professor Rafael Vale, e desenvolvida com os estudantes de 1ª Série, das turmas 100, 101 e 102, do turno matutino, do C E Teresinha Alves Rocha, com foco na necessidade do resgate e da construção de uma vivência da identidade tradicional maranhense.

Com efeito, o estado do Maranhão é conhecido por sua grande diversidade de manifestações culturais, nas quais diferentes ancestralidades e processos históricos deram origem a uma identidade rica e diversa, com os costumes que fazem com que este arcabouço identitário se apresente como um dos mais singularmente diversificados e multifacetados do país.  

Assim, com esta proposta eletiva, visou-se propiciar uma compreensão da forma como as diferentes matrizes e processos históricos deram origem à riqueza da diversidade cultural e artística do estado. Para isto, utilizou-se como recurso de análise e investigação científica de vários registros áudio visuais e documentados. Ademais, este projeto trabalhou com a expressão corporal e a sua importância como meio de comunicação e expressão subjetiva através da arte, teatro, música e dança.

Desta forma, buscou-se estudar e conhecer as diferentes expressões artísticas e culturais maranhenses, possibilitando a compreensão estudantil acerca de como tais manifestações representam a riqueza dos processos históricos e artísticos do estado do Maranhão, que se consubstanciam e se expressam por meio de uma identidade regional peculiar.

Por meio das mais variadas manifestações folclóricas, o maranhense mostra seu jeito mágico de ser alegre e festeiro, o povo maranhense reúne-se para agradecer aos santos, pedir sua proteção e relembrar fatos e heróis.

Além de elaborar uma culinária invejável, o povo celebra de diferentes formas, estabelecendo uma atmosfera transcendental, que se configura sob distintos e diversos matizes de cores, sons, sabores, fragrâncias e texturas, resultando em sinestésicas e extasiantes experiências. Essa atmosfera apresenta perfis singulares em cada ponto geográfico e se distingue de região para região, com características únicas, não só na gastronomia, mas também nas belezas naturais que podem ser vistas e ‘experimentadas’ por todo o estado.

Nesse âmbito, a educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico que caracteriza um modo particular de dar sentido às experiências das pessoas: por meio dele, o aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. (BRASIL, 1997, p. 15).

O ensino de História é, neste igualmente uma poderosa ferramenta de construção e resgate da identidade de um povo. No entendimento de Bezerra (2009, p. 47), porque essa componente curricular tem por definição

O conjunto de preocupações que informam o conhecimento histórico e suas relações com o ensino vivenciado na escola levam ao aprimoramento de atitudes e valores imprescindíveis para o exercício pleno da cidadania, como exercício do conhecimento autônomo e crítico; valorização de si mesmo como sujeito responsável da História; respeito às diferenças culturais, étnicas, religiosas, políticas, evitando qualquer tipo de discriminação; valorização do próprio patrimônio sociocultural, próprio de outros povos, incentivando o respeito e à diversidade; valorização dos direitos conquistados pela cidadania plena, aí incluídos os correspondentes deveres, sejam dos indivíduos, dos grupos e dos povos, na busca da consolidação da democracia.

Sem dúvida, a aparente redescoberta da cultura como categoria chave na relação de ensino-aprendizagem manifesta-se como um dos caminhos contemporâneos possíveis de incluir na escola grupos sociais, cujas culturas dela estiveram ausentes. Nesse caso, não se trata de simplesmente incluir e fazer parte, mas do significado implícito e simbólico que essa manifestação de grupo tem em termos daquilo que a cultura representa para a aprendizagem do aluno na escola. (CORRÊA, 2008, p.137).

Todas as sociedades têm sua cultura, isto é, têm suas tradições, costumes, crenças, hábitos, arte, etc. que passam de geração. A cultura maranhense, como a brasileira, é fruto da mistura da cultura de povos europeus, africanos e indígenas. Do cruzamento desses povos resultou o mestiço. Formou-se um povo típico, o maranhense, que canta e dança, mas também luta, sofre e trabalha. De cada um deles herdamos um pouco, por isso, nossos costumes, nosso folclore e nossa arte são ricos e variados.

Portanto, a grandiosidade da cultura, da culinária e de belezas naturais presentes no Maranhão constituíram-se em um amplo e profundo universo de pesquisa, e, por corolário, implicou numa farta produção do conhecimento da própria história, da própria cultura e também do próprio corpo. Por conta disto, vivenciar em sala de aula e fora dela essas experiências de ‘maranhensidade’ constitui uma maneira de manter sempre vivas essas tradições.

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