24.1 - V - SF - BELEZA, MAS QUE BELEZA?!

A Eletiva de Base ‘Beleza, Mas Que Beleza?’ foi desenvolvida pelo Professor Nildevan dos Sanntos Costa, conjuntamente com os estudantes da 2ª Série, turma 200 de Ciências Sociais, Econômicas e Administativas - CSEA, da Sala Fora (Plano B) e teve por escopo propiciar aos estudantes a aquisição de conhecimentos atrelados à influência da indústria cosmética e das mídias digitais na construção e disseminação de ideais estereotipados em adolescentes, e o impacto da geração destes produtos e bens de consumo não duráveis no meio ambiente.

O foco docente foi estrategicamente direcionado através da abordagem dos assuntos atrelados ao tema, possibilitando aos discentes ampliar a visão conteúdista curricular para os processos que envolvem sua construção como indivíduo e sua relação com o meio ambiente. Além disso, estes alunos usufruíram da oportunidade de poderem explorar criticamente os conceitos de beleza e os estereótipos associados ao belo na sociedade contemporânea.

Por conseguinte, foram abordadas questões como padrão de beleza, representatividade, diversidade, os impactos sociais, psicológicos e emocionais da pressão estética. Neste sentido, os alunos foram incentivados a questionar e a desconstruir os estereótipos de beleza midiatizados para promover uma visão mais inclusiva e empoderadora da diversidade humana.

Com efeito, nas últimas décadas, o mundo tem se deparado com as constantes mudanças climáticas e o aumento do número de desastres naturais decorrentes de agentes antropogênicos, em sua maioria, oriundos do acúmulo de resíduos sólidos na atmosfera, em grande parte resíduos têxtis, micro e nano plásticos que, ao retornarem para o sistema, são confundidos com alimento para a fauna marinha.

O resultado desse consumo desordenado de produtos manufaturados é a geração de grandes quantidades de resíduos, que nem sempre são reutilizados, reciclados ou recebem qualquer tipo de tratamento antes de serem lançados em corpos aquáticos, causando danos a cadeia trófica marinha e ao meio ambiente. (CAIXETA; CAIXETA; MENEZES FILHO, 2018).

No tocante à origem deste fenômeno, a indústria cosmética e as mídias digitais exercem um papel crucial para que este fato ocorra, partindo da sua influência no estabelecimento e disseminação de padrões de beleza e lifestyle voltados para o consumo desordenado de itens “da moda”, ou seja, vendem a ideia, através das redes, que para ser aceito, é necessário estar sempre dentro dos padrões anunciados.

Este é um fato preocupante, haja vista, que grande parte dos consumidores destes conteúdos, são jovens e adolescentes em processo de busca da identidade pessoal. Sendo neste nicho adolescente, que as mídias podem ter grande impacto para o surgimento de doenças psíquicas relacionadas a autoimagem, à medida que o indivíduo fica exposto a estímulos que criam idealizações relativas a padrões de corpos e vidas perfeitas, influenciando na autoimagem e autoestima (SPAMER E CARVALHO, 2022 et al.;).

É neste contexto que a presente Eletiva de Base pretendeu analisar e refletir sobre os impactos “ambientais e sociais” causados pela influência das mídias digitais e indústria cosmética na construção de disseminação de padrões de beleza e estereótipos inalcançáveis.

Além disso, o referido projeto eletivo se propôs examinar criticamente os padrões de beleza que moldam nossas percepções e experiências estéticas na sociedade contemporânea. Isso porque atualmente o indivíduo vive em uma tendência global, em que a mídia, a publicidade e a cultura popular ditam normas estéticas que, muitas vezes, são inalcançáveis, excludentes e prejudiciais para a autoestima e bem-estar emocional de indivíduos de todas as idades, gêneros, etnias e origens sociais.

Ao explorar criticamente as questões de imagem corporal, autoestima e pressão estética, os alunos tiveram a possibilidade de desenvolver habilidades valiosas de pensamento crítico, empatia e consciência social que são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e compassiva. Assim sendo, ao desafiar os estereótipos de beleza, os alunos tiveram a oportunidade de se capacitarem e, não apenas a mudando suas próprias percepções e atitudes em relação à aparência física, mas também se tornando agentes de mudança em suas comunidades e promovendo uma cultura de aceitação, da diversidade e do respeito mútuo.

Em última análise, esta Eletiva "Beleza, Mas Que Beleza" visou não apenas desconstruir os estereótipos de beleza socialmente aceitos e disseminados, mas também construir uma visão mais ampla e inclusiva do belo que reconhece e celebra a diversidade de corpos, as identidades e as expressões estéticas que enriquecem nossa experiência humana. É somente ao desafiar ativamente as normas estéticas dominantes que se pode criar um mundo onde todos os indivíduos se sintam valorizados, aceitos e belos em sua própria pele.









































































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