24.1 - V - A MANDIOCA E SEUS PRODUTOS.

 

A Eletiva de Base “MANDIOCA E SEUS PRODUTOS” foi a escolhida pela turma do Itinerário Formativo de Ciências Exatas, Tecnológicas e da Terra, da 3ª Série do Ensino Médio, do C E Teresinha Alves Rocha – CETAR, e traz a temática da mandioca, seus usos e produtos como proposta para o conhecimento desta planta brasileira que apresenta grande valor comercial e social pois está presente no país de norte a sul e leste a oeste, deveria ser chamada a “planta do Brasil”.

É difícil pensar em alimento no Brasil e não lembrar de mandioca. Por conseguinte, o seu cultivo, produção e produtos podem ser estudados nos eixos das Ciências: Exatas, Agronômicas e Econômicas. A cultura possui bastante expressividade na mesa dos brasileiros e está presente, principalmente, em sistemas agrícolas familiares, em que os tubérculos são utilizados para subsistência da família e os subprodutos como casca, parte aérea, dentre outros, na alimentação de animais.  Então trabalhar este tema sob a visão da Química e da Biologia (Botânica) permitirá aos alunos irem além do senso comum, como alimentação que é o uso mais conhecido da mandioca. A associação da mandioca com o conteúdo da química orgânica e da botânica é o norte tomado por esta eletiva.

É difícil pensar em algum alimento que não se originou da agricultura. A Mandioca, aipi, aipim, castelinha, uaipi, macaxeira, mandioca doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre, mandioca-brava e mandioca-amarga são todos termos brasileiros para designar a espécie Manihot Esculenta Crantz. Planta descrita na carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal e que o padre José de Anchieta a batizou como o "pão da terra”. Já o historiador Luís da Câmara Cascudo chamou a planta de a "Rainha do Brasil.

Ela foi eleita pela Organização das Nações Unidas – ONU, o alimento do século 21.  Ademais, o Brasil, país de origem da mandioca, ocupa a 5ª posição entre os maiores produtores mundiais, atrás apenas da Nigéria, da República Democrática do Congo, da Tailândia e de Gana.

Este alimento, presente na mesa dos brasileiros, é nutritivo e rico em carboidratos especiais, além de Fe, K, Mg, Mn, Na, P e Zn. A raiz da mandioca apresenta em sua composição química média os seguintes percentuais: 65% de água, 25% de amido, 3% de proteína, 2% de celulose e 5% de outros compostos.

Por isso, as indústrias alimentícia (ração animal, massas/panificação), química, cosmética, farmacêutica, de papel e celulose, têxtil, de colas e mineração constituem exemplos de onde a mandioca e seus derivados são matérias-primas e, portanto, uma commoditie agrícola.

A manipueira, um líquido leitoso de cor amarelo – que é extraído da mandioca durante o processo de fabricação de farinha ou fécula, após sua ralação e prensagem, contendo açúcares, gomas, proteínas, sais e ácidos, é comumente despejada na natureza. Entretanto, esses ácidos provocam a poluição do solo, rios, riachos e açudes, podendo representar grave problema ao meio ambiente, causando grandes prejuízos, principalmente quando concentrada em um único local.

A este respeito, estima-se que a cada tonelada de raiz de mandioca prensada no processo de fabricação de farinha, são extraídos 300 litros de manipueira, com alto poder de toxicidade. Todavia, várias pesquisas já têm mostrado possibilidades para o uso da manipueira, seja como alimento, adubo ou defensivo orgânico.

Tendo em vista o elevado potencial e a importância da mandioca para a sociedade brasileira, a sua utilização como geradora de conhecimentos em Química e Biologia poderá facilitar a aprendizagem estudantil uma vez que estes tubérculos são amplamente conhecidos e utilizados na região, nas comunidades de origem dos alunos, e o processo de ensino aprendizagem desenvolvido ocorre a partir do cotidiano vivenciado pela maioria dos estudantes.





































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