23.2 M - A FERRAMENTA DA INCLUSÃO


Pesquisa, estudo, análise e conscientização dos diversos desafios que as pessoas com deficiência enfrentam para vivenciarem uma prática esportiva, contribuindo para que o alunado se torne mais sensível e solidário com a parcela da população com deficiência e das difíceis situações pelas quais essas pessoas passam e que são ignoradas por grande parte da sociedade. As abordagens pedagógicas serão desenvolvidas por meio de aulas expositivas e dialogadas, leituras dirigidas, rodas de conversa, pesquisas, exibição de audiovisuais, etc.

O Brasil é um país com uma população miscigenada, marcada por diferenças religiosas, étnicas, de classe social, de gênero, dentre outras, e que carrega – em decorrência dessas diferenças - uma carga de inúmeros preconceitos. Diante deste cenário tão plural e heterogêneo, faz-se necessário uma abordagem que tematize a possibilidade, o know-how e as ferramentas necessárias para idealização, implementação e o efetivo desenvolvimento da inclusão social.

Isso porque grande parcela da população brasileira é vítima de preconceitos de diversas naturezas. Dentre essas, as pessoas com deficiência, que além de lidarem no seu dia a dia com as suas próprias limitações e a idiossincrasia de seus próprios condicionamentos no nível intrapessoal, também têm que lidar com a rejeição (explícita ou velada), o capacitismo, as piadas, a indiferença, etc., no nível interpessoal. Ademais, não raro, ocorre dos preconceitos desta natureza se manifestarem conjuntamente com preconceitos de outra ordem, tal como o racismo, o sexismo e as discriminações contra a população LGBTQIA+, etc.

No entanto, ainda dentro deste panorama social, mas ajustando o enfoque para a dimensão da prática esportiva, constata-se ainda uma tímida participação das pessoas com deficiência no universo esportivo. E mesmo dentre aquelas que já praticam alguma modalidade esportiva, a despeito das inúmeras barreiras existentes, encontram-se também a barreira das manifestações preconceituosas acima mencionadas.

Apesar disso, vale ressaltar que, de acordo com a Instituição Assistencial Meimei (IAM) “a prática de esportes é uma forte ferramenta para a inclusão social. Ela contribui em diversos ensinamentos motores e cognitivos para formação do indivíduo e é capaz de abrir oportunidades para toda vida.” O que é corroborado pela Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que tem como objetivo “assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.”

Tematizando a questão do esporte como ferramenta de inclusão social e de desconstrução de barreiras preconceituosas, a presente Eletiva de Base, através de aulas expositivas e dialogadas, pesquisas bibliográficas e/ou virtuais, oficinas de produção de material para prática esportiva adaptada, palestras, rodas de conversa, exibição de audiovisuais, etc., vem oportunizar aos estudantes deste Centro de Ensino o estudo e a reflexão acerca dos desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência.






A mobilização do alunado se faz necessária porque é indubitável que a escola tem o poder de ativar o potencial transformador de seus estudantes. Com efeito, adolescentes e jovens transformados e transformadores podem romper ou minimizar as barreiras (estruturais, físicas, estereotipadas, etc.) que oprimem e/ou comprimem as pessoas com deficiência. E a educação tem esse poder transformador.







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