23.1 N - MARRAPÁ, EU SOU É MARANHENSE!
A Eletiva de Base ‘Marrapá,
Eu Sou é Maranhense!’ foi idealizada e elaborada pelo Professor Danilo
Ribeiro Leite e pela Professora Genilsa de Oliveira Saraiva Lima, e
desenvolvida com alunos e alunas da 2ª Etapa da Educação de Jovens e Adultos –
EJA, do Ensino Médio, do turno Noturno, deste Centro de Ensino.
As atividades desta
Eletiva foram focadas no estudo e na aprendizagem de conhecimentos históricos,
geográficos e culturais do estado do Maranhão, que foram desenvolvidas com os
alunos através de abordagens dinâmicas e interativas sobre os aspectos históricos,
geográficos e culturais maranhenses.
Todo o enfoque
pedagógico aponta, com especial destaque para o universo das artes, das variações
linguísticas, da formação histórico-cultural da população, da valorização identitária
e patrimonial histórico-artística maranhense, fundamentando-se em conhecimentos
oriundos da literatura cientifica e também popular.
Os aspectos culturais, envolvendo todo esse aparato da arte e das
tradições maranhenses, fazem parte do tecido histórico-geográfico do Maranhão e
são de suma importância para o ensino
e a aprendizagem no currículo da escola. Foi com esse intuito de se abordar
esses objetos de conhecimento que se pensou e se produziu a presente Eletiva de
Base.
Para estas abordagens, foram
empregadas aulas expositivas e dialogadas, oficinas com atividades práticas,
rodas de conversa, exibição de audiovisuais, entrevistas, pesquisas virtuais, de
campo e bibliográfica, etc.
É interessante
atender à necessidade de aprendizagem destes elementos, muitas vezes
negligenciados e – até desconhecidos pelos maranhenses, especialmente pelas
gerações mais novas. Para o atendimento desta demanda cognitiva impõe-se a parte
diversificada do currículo como opção mais viável.
De fato, uma
abordagem desses objetos de conhecimento foi de muita relevância para todos os
alunos, que puderam entrar em contato com novas informações, empreender novas
análises e discussões, vivenciar novas experiências e aprender novos
conhecimentos, que ainda não haviam sido estudados/vistos nas componentes
curriculares da Base Comum.
As atividades
desenvolvidas foram realizadas pelos estudantes das turmas 100 e 101, da
modalidade EJA, do turno noturno, da escola C. E. Teresinha Alves Rocha,
buscando fontes da literatura científica e também conhecimentos populares, por
meio de pesquisas em livros, revistas, sites e na comunidade em que vivem.
Convém destacar que
as temáticas abordaram conteúdos necessários para além da formação cognitiva
discente, mas também abarcaram as dimensões social e pessoal dos estudantes,
que, com assaz frequência, por ainda não conhecerem as riquezas históricas e
culturais do estado do Maranhão, não são estimulados a desenvolverem o
sentimento de pertença e maranhensidade.
Com efeito, é
imprescindível “a necessidade de enxergar a diversidade sociocultural que
norteia a construção histórica do estado e de seu povo, tendo-se a
‘maranhensidade’ como eixo fundamental da construção deste currículo.” (DCTMA
II, Textos Introdutórios, p.15).
Nesse sentido, a maranhensidade se configura como um verdadeiro saber
assimilado de geração em geração e que se explicita no jeito maranhense de ser,
de ver e de viver. Isto ocorre porque os valores que a comunidade considera
essenciais e que condensam esse saber são constantemente reafirmados e
renegociados, construindo assim,
[...] um
currículo invisível, por meio do qual são transmitidas as normas do convívio
comunitário e que, sem uma intenção explícita, esse currículo invisível vai
sendo desenvolvido, dando às crianças o necessário conhecimento de suas origens
e do valor de seus antepassados, mostrando quem é quem no presente e apontando
para as perspectivas futuras. (DCTMA II, Textos Introdutórios, p.27).
Para isso, foram planejadas e implementadas atividades
didáticas dirigidas, com o intuito de desencadear, apoiar e orientar o esforço
de ação e reflexão do aluno (BRASIL, 1998), possibilitando-lhes o conhecimento
de sua própria história e da história de sua própria terra, a construção de sua
própria identidade enquanto indivíduo e enquanto povo. Essa posse identitária
permitirá a construção de uma história pautada no protagonismo, no
brilhantismo, na empatia e na genialidade de um povo e de uma cultura que se orgulha
e se assume, na boa e velha linguagem maranhense: “Marrapá, eu sou é
maranhense!”















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