23.1 M - ARROCHA O BURITI!

A Eletiva de Base ‘Arrocha o Buriti!’ foi idealizada e desenvolvida pelo Professor Robson Costa Silva e implementada com os alunos e alunas das turmas 100, 101 e 102, da 1ª série do Ensino Médio, do turno Matutino do CETAR, e teve por escopo investigar, analisar e ampliar o conhecimento do potencial da palmeira do buriti, planta típica da região, mas cujo uso está muito restrito à alimentação, sob a forma de polpa dos frutos, utilizada para fazer suco ou doce pela população local.

No anseio de ir além do senso comum, avançando pela cientificidade nos estudos deste objeto de pesquisa, a eletiva em questão utilizou de apostilas, data show, slides diversos, computador e internet, audiovisuais, partes da palmeira do buriti (folhas, talos, frutos, fibras, etc.), artigos e reportagens acerca da temática, etc..

Para isso, foram utilizados instrumentos metodológicos diversos, como trabalhos em grupo, pesquisas bibliográficas, virtuais e de campo, aulas práticas com os frutos, oficinas de artesanato e culinária, aulas expositivas e dialogadas, dentre outros.

Apesar da expressão que nomeia a presente eletiva “Arrocha o buriti!” ter grande movimento pelas redes sociais, no formato figurinha, o buriti ainda não é muito conhecido pela população brasileira. E mesmo quando conhecido, o seu rico potencial ainda é pouco explorado e se restringe à alimentação.

O buriti é uma fruta desconhecida, de casca dura castanho-avermelhada escura por fora, amarelada por dentro e com uma semente amendoada.

Fruto do buritizeiro (Mauritia flexuosa L.), um tipo de palmeira que pode atingir 40 metros de altura com caule que pode chegar a 55cm de diâmetro. Uma única planta pode produzir até cinco mil frutos por ano. A palmeira também é chamada de “árvore-da-vida” pelos povos indígenas e trata-se de uma espécie de origem amazônica, mas que pode ser facilmente encontrada nas veredas do Cerrado brasileiro, principalmente nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.

Graças a toda essa brasilidade, por aqui o buriti também é conhecido como muriti, muritim, miriti, buritia, palmeira-dos-brejos, entre outros nomes que variam conforme a área onde a árvore cresce.

Os seus frutos são muito ricos em fibras, óleos insaturados, ferro e em vitaminas A, B, C, E. E a este respeito, é relevante salientar que ele apresenta um teor de vitamina A (ou caroteno) 20 vezes maior que o da cenoura (a fonte mais popularmente conhecida). Sua polpa pode ser consumida ao natural ou pode ser utilizada para a produção de doces, sucos, geleias, sorvetes, néctares, licores, vinhos, farinhas, corantes, antioxidantes e outras receitas. Por essa razão, o buriti é considerado um superalimento.                         

No entanto, embora esteja na memória afetiva das pessoas, esse alimento não tem o uso esperado e nunca conseguiu se estabelecer na mesa dos brasileiros, apresentando um consumo tímido, mas com seu alto valor nutricional esse consumo pode ser muito benéfico para a saúde.

Além de ser saboroso e apresentar esse alto valor nutritivo, esse fruto se destaca pela sua potencialidade alimentícia, farmacêutica e cosmética. Acrescenta-se isso duas outras peculiaridades dessa palmeira: a diversidade de produtos de artesanato produzidos a partir se suas folhas, talos e troncos, e o importante fato de que o buriti também é um excelente indicador de água.

Em todo o Brasil, as diversas comunidades localizadas na área de sua ocorrência souberam aproveitar o potencial desta palmeira inteiramente, mantendo velhas tradições indígenas e criando outras dentro da lógica própria de suas culturas.

Todavia, as formas e os graus de utilização – a conexão entre homem e o buriti – variam no tempo e espaço geográfico. Daí ser quase impossível mencionar tudo o que é feito do buriti. Só se sabe de uma coisa: tudo nesta planta é útil e utilizado.

Entretanto é necessário a realização de estudos (pesquisas) que busquem não mostrar apenas (recuperar) o uso tradicional do buriti. Mas, agregar novas informações sobre os usos da palmeira buriti vai agregar novas informações como o uso medicinal ao conhecimento tradicional: alimentício e artesanato.

Por conta disso, este projeto eletivo em questão buscou oportunizar aos estudantes a possibilidade de eles identificarem e compreenderem os principais usos da palmeira do buriti em sua totalidade, recuperando e valorizando o seu uso tradicional, e agregando novas informações sobre a sua alta potencialidade em seu uso moderno já cientificamente comprovado e/ou nos múltiplos estudos a respeito ainda em andamento.








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